Ano V ● Edição 200 ● Outubro de 2022
Há duzentas edições, o que é notícia no Brasil e no mundo da Arquivologia
O Giro da Arquivo surgiu há quatro anos, exatamente em um 9 de outubro de 2018, através de uma postagem no Facebook – nossa “edição zero”. Naquele número inaugural, noticiamos o VIII Congresso Nacional de Arquivologia, que ocorria em João Pessoa (PB), e uma proposta do INEP para reclassificar a Arquivologia como área do conhecimento.
De lá pra cá, quase tudo mudou. No início de 2019, saímos da exclusividade do Facebook e nos tornamos uma newsletter entregue via e-mail. Em 2020, fomos transformados em um projeto de extensão universitária do Departamento de Arquivologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em 2021, passamos a compor o conjunto de projetos que integram o Honório – Grupo de Pesquisas em Políticas Públicas Arquivísticas, também da UFSM.
Produzido por uma pessoa só no início, com o tempo viramos um grupo, uma verdadeira equipe. Hoje, o Giro tem gente trabalhando na curadoria de notícias, na gestão de redes e na produção de conteúdos alternativos. Por aqui, via e-mail, chegamos semanalmente a mais de 600 assinantes. Pelas redes, vamos mais longe: 1,8 mil nos seguem no Facebook; 1,1 mil no Instagram; pouco mais de 100 no Twitter.
Há, cada vez mais, gente interessada no que publicamos. E há, todo dia, uma infinidade de novos conteúdos que nos chegam. Há muito tempo o Giro não é mais exclusivamente feito por quem o produz; é escrito, também, por quem o lê.
Nesta semana, comemoramos nossa ducentésima edição, um marco que nem todos os projetos alcançam. Achamos que, além de comemorar, a Edição #200 também representa um bom momento para reafirmamos alguns princípios muito importantes.
Primeiro: o Giro da Arquivo é um projeto de extensão universitária feito por docentes e discentes que também são pesquisadores. Nosso foco principal é divulgar a Arquivologia, tanto do ponto de vista técnico, quanto científico e cultural. Por isso, estamos constantemente atentos e vigilantes com o que acontece em nossa área e em seu entorno. Nosso compromisso é, essencialmente, com o pensamento crítico. Não atacamos ninguém; não difamamos; não ofendemos. Mas publicamos o que é fato, ainda que isso não satisfaça a todos. E defendemos a Arquivologia, os arquivos, os arquivistas, a transparência pública, a boa gestão e governança, a democracia e os direitos humanos. Não temos e não teremos qualquer compromisso com quem discorda de tais valores.
Segundo: o Giro da Arquivo busca fortalecer a Arquivologia brasileira. Neste sentido, nos consideramos parceiros de todas as iniciativas sérias que colidam neste mesmo sentido. Este espaço, portanto, está aberto à divulgação de qualquer projeto, produto ou proposta que venha ao encontro de nossos princípios.
Terceiro: nossos leitores e colaboradores são e sempre serão a razão máxima da existência deste projeto. O Giro é e continuará gratuito e sem publicidade paga.
Para finalizar, uma palavra final de agradecimento. Primeiramente, à valorosa equipe, que segue firme na batalha de levar este boletim às caixas de e-mail de nossos assinantes, toda terça, às 7h15. Às caríssimas Leticia Gaiardo, Maria Eduarda Dornelles, Nicole Postai Ostwald e Nicolie Puntel, além do bravo Marcos Machado Paulo, o nosso mais carinhoso muito obrigado.
A todos os projetos parceiros de longa ou curta data, fica manifesta também nossa profunda gratidão.
E a você, que nos lê – há tempos, ou há pouco; de perto, ou de longe –, muito, muitíssimo obrigado. Seguimos por aqui, mais firmes do que nunca, pensando sempre em levar a você, da melhor forma, o que é notícia no Brasil e no mundo da Arquivologia.
Prof. Francisco Cougo | Coordenador do projeto Giro da Arquivo
Brasil
Na semana em que o Brasil comemora o Dia do Arquivista, uma péssima notícia. A Quinta do Tanque, complexo arquitetônico que abriga o Arquivo Público do Estado da Bahia, foi leiloado. Uma empresa de Pernambuco arrematou o imóvel por R$ 13,8 milhões, mas a Procuradoria do Estado entrou com um recurso contra o leilão.
A propósito, o blog Pesquisando a História contou toda a trajetória de encontros e desencontros que marcam as sedes do APEB.
O Arquivo Público do Sergipe está comemorando 99 anos. Para celebrar a data, a instituição preparou uma programação especial.
Municípios dotados de arquivo público pontuarão no ICMS Patrimônio Cultural, programa de incentivo à cultura mantido pelo Governo de Minas. A iniciativa visa ampliar o número de “equipamentos culturais” no Estado.
A Prefeitura de Divinópolis (MG) lançou um portal que dá acesso digital ao acervo do Arquivo Público Municipal.
Os concursos para arquivistas estão vivendo boa fase novamente. As cidades de Canela (RS) e Sorocaba (SP) já lançaram seus editais. Enquanto isso, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aprovou realização de certame para dezembro.
Agenda: ao longo da semana, o Curso de Arquivologia da UFSM promove o evento “Ser arquivista hoje”; já o FNArq apoia e organiza uma ampla programação alusiva ao Dia do Arquivista.
Mundo
O Arquivo Nacional dos Estados Unidos pediu ao ex-presidente Trump que devolvesse arquivos relacionados à Coreia do Norte quinze meses antes do mandatário deixar o cargo, informa o FBI.
Um monastério na Grécia conseguiu recuperar um documento de mais de mil anos. O manuscrito havia sido roubado em 1917!
Os bancos Credit Suisse e UBS terão que pagar multas de até 125 milhões de dólares por descumprirem normativas relacionadas ao uso e arquivamento de conversas em aplicativos de mensagem.
Parece história de filme, mas não é. 49 caixas com manuscritos, fotografias e recortes de jornais pertencentes ao acervo do ator e cineasta Charles Chaplin foram recuperados depois de terem sido roubados, na Suíça.
Para ler com calma
“Como armazenar dados por 1.000 anos” (em inglês, via BBC).
“Transferência de arquivos como pilar essencial da adequação à LGPD” (via TIinSide).
“BNDG: o banco de dados que ajuda às famílias argentinas a reencontrar a seus netos” (em espanhol, via Distintas Latitudes)
O novíssimo livro Desafios na identificação e organização de fotografias (Unesp Marília Publicações)
Para ver com calma