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Edição 14 ● Fevereiro de 2019

Após Brumadinho, Vale é hackeada e tem documentos expostos

A companhia mineradora Vale, presença constante no noticiário recente por conta da tragédia na barragem de Brumadinho (MG), teria sido invadida por hackers que vazaram cerca de 40 mil arquivos de uso interno da multinacional. O vazamento inclui atas e registros de incidentes. Os documentos foram fornecidos ao portal Tecmundo, acompanhados de um texto de protesto contra a Vale. De acordo com a companhia, os documentos vazados não são secretos e estavam disponíveis no portal da empresa. O Tecmundo, no entanto, investigou o sítio e não encontrou os registros.

A polêmica sobre o filme do funeral de João do Rio

Um filme de 13 minutos, gravado em 1921 e há décadas dado como perdido, veio à tona na semana passada, recém-adquirido pelo pesquisador e colecionador Antonio Venancio. A película traz cenas do funeral de João do Rio, cronista carioca que, de tão popular, comoveu centenas de milhares de pessoas na então capital federal, quando de sua morte. De acordo com matéria da IstoÉ, o filme teria se perdido no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. A instituição, contudo, nega. De acordo com o AGCRJ, o rolo contendo a gravação de quase cem anos nunca pertenceu ao seu acervo.

Nova edição da Revista do IEB discute a invisibilidade das mulheres na arte

O mais novo número da Revista do IEB, organizado por Ana Paula Cavalcanti Simioni e Maria de Lourdes Eleutério, reúne uma série de artigos sobre a preservação da memória de mulheres que dedicaram suas vidas à arte e à intelectualidade. A edição tem como foco as iniciativas atuais de instituições arquivísticas nacionais e internacionais para visibilizar tais acervos.

Atas do VIII Encontro Ibérico do EDICIC estão disponíveis

Os debates do encontro “A Cidência Aberta: o contributo da Ciência da Informação”, ocorrido em Coimbra, em 2017, agora podem ser lidos através das atas do evento, publicadas em e-book.

Alerta Archivística no ar

O boletim peruano Alerta Archivística publicou sua 196ª edição. Confira.

A queda de Stroessner, 30 anos depois

No domingo, 03, os paraguaios comemoraram três décadas de libertação da ditadura Stroessner, que durou 35 anos. O regime repressor comandado pelo mais longevo dos ditadores latino-americanos foi responsável pela prisão de quase 20 mil pessoas, a maioria delas torturadas. Cerca de 460 paraguaios desapareceram no período e mais de 20 mil buscaram exílio no exterior. Dentre os temas mais destacados da celebração pelos 30 anos sem ditadura, o Arquivo do Terror, descoberto em 1992, tem sido destaque na imprensa.

Mariátegui na rede

O arquivo pessoal de José Carlos Mariátegui, jornalista e ativista político do Peru, agora pode ser consultado via Internet. Além de digitalizado, o fundo também conta com uma ferramenta para busca a partir de distintos eixos.

Na Espanha, uma exposição sobre escrita cifrada e arquivos secretos

Até julho, quem passar pela cidade espanhola de Simancas poderá conferir a exposição “Espías: servicios secretos y escritura cifrada en la monarquía hispánica”. O trabalho tem como objetivo difundir parte do patrimônio custodiado pelo Archivo General de Simancas, atualmente considerado “Memória do Mundo” pela UNESCO. O catálogo da exposição pode ser consultado on-line.

Enquanto isso, ainda na Espanha…

Em Salamanca, conhecido destino de brasileiros que estudam Arquivologia, não há mais espaço para os processos judiciais nos arquivos da justiça local.

Abertura dos arquivos mexicanos gera divergências

A decisão do presidente mexicano López Obrador de abrir os arquivos dos órgãos de inteligência mantidos pelo país no passado está movimentando o cenário em torno da luta por transparência no país. O presidente do Instituto Nacional de Transparência, Acesso à Informação e Proteção de Dados Pessoais do México quer que as pessoas perseguidas pelos órgãos de espionagem tenham seus dados protegidos.

Marie Kondo e os arquivos (?)

É para ler com calma e curiosidade a análise de Alexandra Biso, publicada no sítio da Sociedade dos Arquivistas Americanos, sobre a relação entre o método da japonesa Marie Kondo (muito em evidência, depois de ter sido transformado em seriado pela Netflix) e a teoria arquivística da avaliação.

A importância das normas arquivísticas

Também para desfrutar com atenção: Manoela Moro Cabero e Dunia Llanes Padrón discutem a importância da normatização arquivística para o trabalho dos profissionais da área.

E na França…

Os organizadores da Journéé d’archivivstique Angers prepararam um vídeo simples e muito simpático com a pergunta: para você, o que são os arquivos? Mesmo em francês, é possível entender as respostas e o que elas significam para a área.